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domingo, 5 de julho de 2015

APROVAÇÃO EM CONCURSOS PÚBLICOS: COMO PONTUAR MAIS PARA OBTER APROVAÇÃO (TERCEIRA PARTE)

           
       Caríssimo leitor,

     Se você está mesmo determinado em obter aprovação em concursos públicos, leia este post por inteiro, que aviso não é curtinho e nem tampouco traz apenas dicas. Antes ambiciona ensinar um método (em apenas doze páginas) que minha própria experiência como concursando mostrou ser muito eficiente. Um forte abraço. Airton Portela e boa leitura.



O dia da prova está chegando.

Vamos iniciar nossa preparação para o dia da prova com uma semana de antecedência.

Primeiro, ofereça resposta firme para aquela pergunta, que posso assegurar, estará sempre na cabeça da maioria dos candidatos: não estudei o bastante ou não estudei nada, devo desistir de fazer a prova?
   
É claro que não.

Nenhum simulado ou prova de concurso anterior trará ao candidato mais aprendizado do que submeter-se as condições e pressões reais de um concurso, tais como controle do tempo, nervosismo, ambiente desconfortável, estresse, cansaço e, de resto, poder registrar a reação de outros candidatos sob as mesmas circunstâncias e disso extrair todas as lições possíveis.

 De mais a mais, não se engane: mesmo os candidatos muito preparados sempre acharão que não fizeram o bastante em termos de preparação.

Portanto, obtendo ou não aprovação, o candidato deve ter sempre presente que todo concurso, no mínimo, servirá de aprendizado para o próximo. O conhecimento adquirido não se perderá e o candidato poderá adicionar novos conteúdos e novas informações ao cabedal que já reuniu. Além disso, a partir de tal experiência poderá reparar seus erros de preparação ou estratégia para a prova.

Segundo, tenha muito presente que aquelas quatro  ou cinco horas de duração da prova devem ser usadas exclusivamente para tal finalidade. Desse modo, nada de entregar a prova aos fiscais cedo demais ou resolvê-la às pressas. Faça a prova sem preguiça e com “pegada”, com a “faca nos dentes”, com “sangue no olho”. Nesse caso, avise logo que só entregará a prova no último minuto, ainda que fique sozinho na sala. Isso deterá a ansiedade dos fiscais e evitará que fiquem “pisando” de lá para cá esperando que entregue logo a prova sem que o tempo tenha terminado, apenas porque não há mais candidatos fazendo prova.

O tempo.

O tempo pode ser seu maior aliado ou seu maior inimigo durante a prova. Administrá-lo fará a diferença.

Com efeito, como primeira medida de regência do tempo, tente ser o primeiro ou um dos primeiros a chegar ao local da prova (não importa se tiver que chegar quase de madrugada).

Isso implica dizer que você terá que começar a regular seu ciclo de sono (dormir mais cedo para acordar mais cedo) com, ao menos, uma semana de antecedência. Para tanto, a dica é: evitar a ingestão de cafeína após o meio dia e não consumir alimentos muito calóricos (prefira os mais fibrosos).  

O que isso lhe trará de benefício?

a) permitirá que corpo e cérebro saiam do estado letárgico pós-sono bem antes do início da prova e não durante a prova. Na hora da prova você estará 100 % pronto;

b) afastará a possibilidade de o candidato chegar atrasado e assim ser impedido de ter acesso ao local de prova. Também terá a oportunidade de se ambientar. Isso é fundamental posto que quem chega em cima da hora demora mais a se concentrar;

c) Essa atitude simples poderá também servir de estímulo psicológico. Chegando antes da maioria dos concorrentes, o candidato poderá dizer: - cheguei primeiro, portanto, ninguém quer ou merece esse lugar mais do que eu.

Se o candidato não mora na mesma cidade em será aplicada a prova, deve tentar chegar com pelo menos dois dias de antecedência e hospedar-se em um hotel (que pode ser bem simples e barato, desde que sossegado e limpo). Lembre-se: todo candidato deve ter algumas economias para despesas desse tipo.  

O candidato em hipótese nenhuma deve hospedar-se em casa de parentes ou amigos: primeiro porque visita é igual a peixe, no terceiro dia fede. Segundo, embora que os parentes (ou amigos) sejam do tipo “gente boa”, ao intuito de agradá-lo, acabarão tirando sua concentração e tempo para revisão. Nesse caso, permaneça no quarto de hotel estudando (revisando). Saia só para almoçar e jantar.

 Como regra, as provas de concurso são aplicadas aos domingos e, desse modo, convém que você utilize bem o seu sábado e isso exclui descansar, assim como o seu oposto, exaurir-se. Se a prova estiver marcada para outro dia da semana, da mesma forma use o dia anterior para a referida finalidade (estudar).

Aqui cumpre pontuar-se que algumas “dicas” que circulam pela Internet ensinam que, para o dia anterior, o candidato pode escolher entre realizar revisão das matérias ou relaxar.

De minha própria experiência, tenho o seguinte a dizer aos candidatos:

Mesmo que a pretexto de relaxar, não faça nada que possa deixá-lo cansado. Nada de churrasco, “cervejada”, “chopada”, cineminha, “sair para dar risada”, “falar bobagem”, etc, pois isso, além de não constituir garantia de que a ansiedade e estresse serão vencidos, poderá torná-lo um chato em meio a sua roda de amigos quando, por exemplo, sua consciência começar a cobrar-lhe estar em casa reforçando ou completando seus estudos (o que certamente estarão fazendo outros candidatos mais compromissados).

Tenha muito presente que ansiedade e estresse são situações inevitáveis e que apanham qualquer um que tenha grandes desafios pela frente, principalmente, em data que já se avizinha.

A única coisa que se pode fazer nesse caso é administrar tais estados de tensão, se possível, fazendo do limão uma limonada. Como? Ocupando-se com mais estudo.

Nesse sentido, resolva questões, leia a legislação seca referida no programa do edital e as anotações feitas nas margens do seu material de estudo (livros, apostilas, resumos, etc). Embora não seja verdadeiro que o cérebro funciona melhor sob pressão (é mito), seu esporte ou sua diversão, às vésperas de uma prova, será concentrar-se em seu objetivo e manter o cérebro ativo (armazenando memórias de curto prazo). Posso garantir: essa revisão de última hora, desde que o candidato não force tanto a ponto de ficar exausto, vai ajudá-lo a mudar o resultado do jogo a seu favor.

Leia leis emendas à Constituição recentemente instituídas (bancas adoram testar o nível de atualização dos candidatos) e a legislação sem comentários relacionada ao concurso que você vai sujeitar-se.

Por exemplo, se você vai submeter-se a um concurso para o INSS, leia as leis de custeio (lei 8.212) e de benefícios (lei 8.213). Em qualquer concurso deverá ler o estatuto dos servidores e, quase sempre, a lei de licitações. Se o concurso é na área de educação, o candidato deverá ler a lei de diretrizes e bases da educação; se o concurso é para juiz ou servidor dos TRTs, necessariamente, deve ler a lei dos domésticos.

 E a Constituição? Em sendo a Constituição muito extensa e analítica, às vésperas da prova, o candidato deverá ler os títulos e capítulos da Constituição Federal que guardam mais relação com o concurso que irá se submeter.

 Por exemplo, se o concurso é para auditor ou analista fiscal da Receita Federal, deve ler o Sistema Tributário Nacional; se é para o TCU, finanças e orçamento; se para servidor do Legislativo, Judiciário ou Ministério Público, deve, necessariamente, ler o capítulo relativo aos Poderes. Se para a advocacia pública (Advogado da União, PFN, Procurador Federal e estadual) deve ler os poderes, a advocacia pública, o sistema tributário e a ordem social (nesse caso convém, de última hora, se leia as súmulas válidas do STF e do STJ).

 Se ainda sobrar algum tempo, para qualquer cargo, o candidato deve ler os capítulos que cuidam da Administração Pública e o que trata dos direitos e garantias fundamentais.

O “kit prova”.  

Ainda no dia anterior, deverá preparar o seu “kit prova”.
Duas canetas de escrita preta (uma de reserva), um lápis e uma (ou duas) barras de chocolate, uma garrafa de água mineral, um relógio de pulso e, a critério de cada um, material para uma breve revisão antes da prova (estatuto dos servidores, código de ética, súmulas do STF e STJ, Constituição ou lembretes). A barra de chocolate (pode ser também um energético ou isotônico) deverá ser ingerida quando o candidato já estiver bem cansado, quando então ganhará energia extra para continuar a lutar pelas questões.   

Começando a prova: a técnica das peneiras.

Como deve o candidato proceder para administrar o seu tempo (durante a prova) e pontuar mais?

O candidato deverá utilizar a técnica que denomino estratégia das peneiras (ou dos crivos). Cada “peneirada” implicará no exame das questões e tomada de decisão pelo caminho que indico nas linhas que se seguem. Contudo, cumpre logo advertir-se que esse método somente se aplica à provas objetivas. Sobre provas discursivas, falarei em outra conversa. Mas é assim mesmo: “cada dia com sua agonia”, um “Leão de Neméia” por vez.

Destarte, o candidato fará a prova em três etapas e para tanto utilizará “três peneiras”: uma primeira bem vazada; uma segunda medianamente vazada; e, finalmente, uma terceira pouco vazada.

Que vantagem o uso de tais técnicas trará para o candidato?

O candidato se fortalecerá psicologicamente e racionalizará o seu tempo ao inserir, desde logo, as respostas que ofereceu para o grupo de questões que tem mais certeza ou menos dúvidas.

Aliás, é bom que se anote desde logo: a folha de respostas não deve ser preenchida nos minutos finais da prova, mas durante a prova. Funciona assim: conseguiu resolver um grupo (ainda que pequeno de questões), deverá “passar” imediatamente para o cartão resposta.

Mas voltemos à técnica das peneiras.

Não importa o quanto esteja preparado o candidato, à primeira vista, toda prova parecerá muito difícil. Em olhadela descuidada concluirá que não tem resposta para nada, que nada sabe.

No entanto, o candidato afastará essa equivocada impressão utilizando a primeira peneira (aquela bem vazada), procedendo da seguinte forma:

Folheará e lerá toda a prova identificando as questões que lhe pareçam mais fáceis.

Lançando mão da peneira mais vazada (a primeira), reterá as questões mais fáceis (ou que digam respeito a assuntos que domina mais). Daí, uma vez identificadas as questões “fáceis” examinará cuidadosamente os itens e escolherá a assertiva que lhe pareça a “mais correta” (Lembre-se que há aquelas que são apenas corretas).

Na mesma assentada, ou seja, ainda nessa leitura preliminar, ao lado das alternativas, aporá pontos de interrogação de acordo com o seu grau de “dúvida”, assim procedendo:

Após eliminar (afastar) as alternativas absurdas e as improváveis (deve riscar os itens), o candidato ficar em dúvida entre 2 (duas), ao lado da questão deverá anotar 1 (um) ponto de interrogação; se ficar entre 3 (três), registrará 2 (dois) pontos de interrogação; se ficar entre 4, anotará 3 (três) pontos de interrogação. Também deverá indicar com um traço as alternativas com possibilidade de estarem corretas. 

Feito isso, as questões que o candidato apontou como certas serão retidas pela peneira mais vazada e, em seguida, conforme já mencionamos, deverá, imediatamente, “passar” as suas escolhas para o cartão de respostas. Assim, já terá garantido um bom naco da prova para, digamos, “chamar de seu”.  

Feito isso, sempre de olho no relógio, respire, dê uma “mordida” em sua barrinha de chocolate (ou cereal), beba um gole de água mineral e parta “para cima” do segundo grupo.

Cumpre novamente lembrar, embora a leitura inicial deva ser feita em sequência, o candidato não deve resolver a prova na ordem em que as questões estão dispostas ( partindo da primeira até a última, a saber: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, ...).
Deve sim, repise-se, resolvê-la de acordo com o grau de dificuldade. Ou seja, deve “pinçar” as mais fáceis, depois as médias e, por último, partir para a luta final com as mais difíceis (Este último grupo, conforme se verá mais a frente, é quem definirá os “donos” da vagas).

A propósito disso, cumpre pontuar-se, malgrado alguns professores ensinem que se deve começar pelas questões difíceis para aproveitar que o cérebro está descansado, tal dica, quero crer, é equivocada por quatro razões:

1. o fácil e o difícil são produtos de análises subjetivas. Se o candidato domina o tema, a questão será fácil; se não domina, a questão será difícil.

2. o candidato deve aproveitar para lançar mão das questões fáceis para se “armar psicologicamente”, conforme adiante explico;

3. As questões ditas fáceis não cansarão o cérebro do candidato, mas “encarar” as difíceis logo no início pode exauri-lo ou desanimá-lo de tal forma que as questões fáceis (as “dadas”) parecerão difíceis se deixadas para o final;

4. resolver primeiro as questões fáceis permitirá que o candidato desde logo comece a exorcizar o “fantasma” do preenchimento do cartão resposta. Ou seja, resolveu as questões fáceis (que, via de regra, representam de 10% a 30% da prova), deverá transferir logo suas escolhas para a folha de resposta.

Em outros termos, após ter resolvido as questões “fáceis” e “médias”, o candidato terá poucas questões “difíceis” para “matar” e lançar no cartão resposta.

Isso, consoante já aludimos nas linhas imediatamente antecedentes, retirará de sua cabeça aquele “grilo falante” que a todo instante “lembra” que é preciso reservar os 30 minutos finais para o preenchimento do cartão resposta. Ademais, preencher o cartão resposta com muita pressa nos minutos finais aumentará os riscos de que o candidato transfira opções erradas da prova para este instrumento de conferência definitivo.

Avaliando os riscos do chute no “critério de correção” uma alternativa errada anula outra certa.
       
     Algumas bancas examinadoras, principalmente o CESPE-UNB, aplicam como penalidade a perda de pontos por resposta errada. O objetivo é evitar e "descartar a possibilidade de acerto ao acaso.” 
       Nesse caso, convém que o candidato somente marque àquelas questões que classificou como fáceis e médias (e isso representará em torno de 70 % da prova).        
       
       No que respeita aos 30% que remanescerem, o candidato deve utilizar o tempo restante de prova para “garimpar” mais algumas questões. Todavia, o que lhe parecer completamente desconhecido, “nunca ouviu falar”, “não tem a menor ideia”, deverá “deixar em branco” ou marcar a alternativa equivalente a isso (caso em que não há ganho e nem tampouco perda).
      
      Advirta-se, nesse particular, que tais percentuais, que ora mencionamos, são apenas indicativos, por certo que sob esse tão rigoroso critério (uma por uma), o candidato deve avaliar o risco conforme “sinta” a prova (sem perder de vista que para ter chances de estar entre os classificados precisará obter, ao menos, 50% dos pontos líquidos. Ex. Se a prova contiver 70 questões, necessitará obter, no mínimo trinta e cinco).


Conquanto esse percentual de respostas que o candidato deixará em branco dependa do nível de preparação de cada candidato, para saber o que lhe é possível, deverá testar-se respondendo provas de concursos anteriores que utilizam o mesmo critério de correção. Nesse sentido marcará todas as questões, deixando em branco percentuais de 40%, de 30%, de 20%, de 10 % ou de 5%, sempre tentando conseguir o maior saldo liquido possível para estar no páreo.

       Certo ou errado: o chute a meia força para critérios de correção “menos rigorosos”.

       Se, no entanto, a banca como critério elege como “fator de correção” “duas erradas anulam uma certa” ou critério ainda menos rigoroso, por exemplo, cinco por uma, é o caso de o candidato correr o chamado “risco ponderado”. Expliquemos:

      O candidato que a essa altura já percorreu todo aquele caminho que indicamos em linhas anteriores, ou seja, venceu o desafio das questões fáceis e médias (e, claro, já inseriu no cartão resposta) deverá usar o tempo que sobejar (no mínimo trinta minutos) para ler e pensar sobre as questões difíceis. Com esse derradeiro esforço, o candidato, por certo, ainda conseguirá arrancar (à fórceps) mais umas 5 questões (que passará logo para o cartão resposta).

      Daí, passará a utilizar o conhecido “teorema de chutágoras”. Confira:

      Supondo-se que a prova contenha 100 questões, restarão 15 questões. Nesse caso, se atais questões se mostram terrivelmente difíceis, não há outra coisa a fazer senão aplicar um chute de Zico cobrando falta nos bons tempos. Isto é: o candidato deverá escolher a mesma alternativa (certo ou errado) como opção para todas as questões. Como fazê-lo com técnica?

      Partindo-se do pressuposto de que a banca, ao propósito de “evitar o acerto ao acaso”, buscará equilibrar o numero de questões certas com o de erradas, o candidato deverá examinar o cartão resposta a fim de verificar se dentre as questões que já marcou há mais certas ou mais erradas.

      Se houver mais certas, deverá atribuir resposta errada a todas as 15 questões. De modo inverso, se houver mais erradas, deverá marcar todas as referidas quinze questões finais como certas. Nesse caso, a estatística ajudará o candidato a pontuar mais.

Para concluir: em provas de certo ou errado somente se deve deixar alternativas em branco para evitar penalização por resposta errada, quando o “critério de correção” for “uma errada anula uma certa”, caso em que o risco de perda de pontos conquistados é imenso.

Se se tratar de prova de certo ou errado e a “penalização” não for uma errada para cada resposta certa, e sim, critério menos rigoroso, repise-se, o candidato deve marcar todas as questões sendo que naquelas últimas em que tiver muita dúvida ou não souber (e que deixou para o final), deverá utilizar o método de risco ponderado que ensinamos linhas acima.

     Prova tradicional de múltipla escolha: a cabeçada certeira.

     Se a prova é do tipo tradicional de múltipla escolha, quando o candidato deve escolher uma dentre cinco alternativas, proceda da seguinte forma.

      Após examinar e marcar as questões fáceis, parta para aquelas que contém comandos indiretos. Por exemplo:

a) Somente as alternativas I e II estão corretas;
b) Somente as alternativas II e III estão corretas;
c) Somente as alternativas I e III estão corretas;
d) As alternativas I, II e III estão corretas.   

      É que questões desse tipo, embora mais “chatas” e trabalhosas, na verdade são as mais fáceis, bastando para a obtenção de acerto que o candidato, por vezes, saiba apenas uma das afirmativas (I, II, III ou IV). No exemplo acima, se o candidato, após examinar as questões concluir, com certeza, que a alternativa “II” é errada, sem necessitar saber se as demais são certas, não terá problemas para descobrir que a alternativa “C” corresponde ao que a banca considerou como a alternativa correta.

 No mais, seja como no caso acima com alternativas indireta ou no método tradicional (com alternativas diretas), em não havendo a perda de pontos pela escolha de questões erradas, em relação ao grupo que elegeu como “muito difícil”, “não sei nada” ou “não tenho a menor ideia” deve o candidato realizar seu “chute” a partir do mínimo que souber das alternativas integrantes do grupo de questões difíceis que deixou para o final (15 de uma total de 100, no nosso exemplo).

Desse modo, o candidato marcará a mesma alternativa em todas as questões conforme passos que a seguir indico:

Primeiro passo: verificará quais alternativas restaram após afastar as questões absurdas ou improváveis (eliminar como se diz no jargão dos concursos), assim ficando entre duas ou três.

Por exemplo, após concluir que as alternativas “A” e “E” devem ser excluídas da possibilidade de escolha (por se afigurarem “absurdas”), o candidato deverá escolher a alternativa presente em todas as questões (ou em quase todas).

Assim: se na questão 39 o candidato ficou entre B, C e E; na questão 56 ficou entre A, C e D; na questão 65 ficou entre B, C e D, perceberá que a “C” é a alternativa que se repete em todas as questões e então deverá marcar a alternativa “C” nas questões 39, 56, 65 e também “C” em todas as demais questões (doze restantes) em que não conseguiu afastar nenhuma alternativa que reputasse errada.

De outro modo, se houver “critério de correção” (repita-se, questão errada contribuindo para perda de pontos), ainda que apenas com o critério mais leve da perda de uma certa para cada cinco erradas, o candidato somente deverá correr os riscos utilizando o método acima referido se sua chances forem iguais ou superiores a 50%. Por exemplo, se após analisar as cinco alternativas ficar entre duas.     

a) com 5 (cinco) alternativas e com penalidade (por exemplo de 20% por questão errada (cinco por uma), que é o critério mais comum em provas tradicionais, deverá marcar a mesma alternativa em todas as questões em que ficar na dúvida entre apenas duas alternativas. Se ficar entre três ou mais deverá deixar a questão em branco (quando não ganha e nem perde);

b) se não houver penalização por escolha de questão errada, conforme ensinamos acima, o candidato deverá marcar todas as questões da prova, considerando o seguinte:

Para aquele pequeno grupo que o candidato não tem qualquer possibilidade de acerta por meio dos seus conhecimentos, marcará a mesma alternativa em todas as questões, dando preferência para aquelas alternativas que ficou entre duas ou três ou para aquelas com menor incidência dentre as alternativas que já inseriu no cartão resposta.

Um grande abraço e até a próxima.   

P.S 1. Para que este post não ficasse muito longo, deixei a técnica para provas discursivas para a quarta etapa desse trabalho.

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P.S. 3. Lembre-se: “se um homem(ou mulher) conseguiu, outro também conseguirá”.
      
          Por Airton Portela, Juiz Federal e Professor, ex-Advogado da União, ex-Procurador Federal, ex-Analista e ex-Advogado de Militância Privada. 

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