Caríssimo leitor,
Se você está mesmo determinado em obter aprovação em concursos públicos, leia este post por inteiro, que aviso não é curtinho e nem tampouco traz apenas dicas. Antes ambiciona ensinar um método (em apenas doze páginas) que minha própria experiência como concursando mostrou ser muito eficiente. Um forte abraço. Airton Portela e boa leitura.
O dia da prova está chegando.
Vamos iniciar nossa preparação
para o dia da prova com uma semana de antecedência.
Primeiro, ofereça resposta firme
para aquela pergunta, que posso assegurar, estará sempre na cabeça da maioria
dos candidatos: não estudei o bastante ou não estudei nada, devo desistir de fazer a prova?
É claro que não.
Nenhum simulado ou prova de
concurso anterior trará ao candidato mais aprendizado do que submeter-se as condições
e pressões reais de um concurso, tais como controle do tempo, nervosismo,
ambiente desconfortável, estresse, cansaço e, de resto, poder registrar a reação
de outros candidatos sob as mesmas circunstâncias e disso extrair todas as
lições possíveis.
De mais a mais, não se engane: mesmo os
candidatos muito preparados sempre acharão que não fizeram o bastante em termos
de preparação.
Portanto, obtendo ou não
aprovação, o candidato deve ter sempre presente que todo concurso, no mínimo,
servirá de aprendizado para o próximo. O conhecimento adquirido não se perderá e
o candidato poderá adicionar novos conteúdos e novas informações ao cabedal que
já reuniu. Além disso, a partir de tal experiência poderá reparar seus erros de
preparação ou estratégia para a prova.
Segundo, tenha muito presente que
aquelas quatro ou cinco horas de duração
da prova devem ser usadas exclusivamente para tal finalidade. Desse modo, nada
de entregar a prova aos fiscais cedo demais ou resolvê-la às pressas. Faça a
prova sem preguiça e com “pegada”, com a “faca nos dentes”, com “sangue no olho”.
Nesse caso, avise logo que só entregará a prova no último minuto, ainda que
fique sozinho na sala. Isso deterá a ansiedade dos fiscais e evitará que fiquem
“pisando” de lá para cá esperando que entregue logo a prova sem que o tempo
tenha terminado, apenas porque não há mais candidatos fazendo prova.
O tempo.
O tempo pode ser seu maior aliado
ou seu maior inimigo durante a prova. Administrá-lo fará a diferença.
Com efeito, como primeira medida
de regência do tempo, tente ser o primeiro ou um dos primeiros a chegar ao
local da prova (não importa se tiver que chegar quase de madrugada).
Isso implica dizer que você terá
que começar a regular seu ciclo de sono (dormir mais cedo para acordar mais
cedo) com, ao menos, uma semana de antecedência. Para tanto, a dica é: evitar a
ingestão de cafeína após o meio dia e não consumir alimentos muito calóricos
(prefira os mais fibrosos).
O que isso lhe trará de benefício?
a) permitirá que corpo e cérebro saiam
do estado letárgico pós-sono bem antes do início da prova e não durante a
prova. Na hora da prova você estará 100 % pronto;
b) afastará a possibilidade de o
candidato chegar atrasado e assim ser impedido de ter acesso ao local de prova.
Também terá a oportunidade de se ambientar. Isso é fundamental posto que quem
chega em cima da hora demora mais a se concentrar;
c) Essa atitude simples poderá
também servir de estímulo psicológico. Chegando antes da maioria dos concorrentes,
o candidato poderá dizer: - cheguei primeiro, portanto, ninguém quer ou merece
esse lugar mais do que eu.
Se o candidato não mora na mesma
cidade em será aplicada a prova, deve tentar chegar com pelo menos dois dias de
antecedência e hospedar-se em um hotel (que pode ser bem simples e barato,
desde que sossegado e limpo). Lembre-se: todo candidato deve ter algumas
economias para despesas desse tipo.
O candidato em hipótese nenhuma deve
hospedar-se em casa de parentes ou amigos: primeiro porque visita é igual a peixe,
no terceiro dia fede. Segundo, embora que os parentes (ou amigos) sejam do tipo
“gente boa”, ao intuito de agradá-lo, acabarão tirando sua concentração e tempo
para revisão. Nesse caso, permaneça no quarto de hotel estudando (revisando).
Saia só para almoçar e jantar.
Como regra, as provas de concurso são
aplicadas aos domingos e, desse modo, convém que você utilize bem o seu sábado
e isso exclui descansar, assim como o seu oposto, exaurir-se. Se a prova estiver
marcada para outro dia da semana, da mesma forma use o dia anterior para a
referida finalidade (estudar).
Aqui cumpre pontuar-se que algumas
“dicas” que circulam pela Internet ensinam que, para o dia anterior, o
candidato pode escolher entre realizar revisão das matérias ou relaxar.
De minha própria experiência,
tenho o seguinte a dizer aos candidatos:
Mesmo que a pretexto de relaxar,
não faça nada que possa deixá-lo cansado. Nada de churrasco, “cervejada”,
“chopada”, cineminha, “sair para dar risada”, “falar bobagem”, etc, pois isso,
além de não constituir garantia de que a ansiedade e estresse serão vencidos,
poderá torná-lo um chato em meio a sua roda de amigos quando, por exemplo, sua
consciência começar a cobrar-lhe estar em casa reforçando ou completando seus
estudos (o que certamente estarão fazendo outros candidatos mais compromissados).
Tenha muito presente que ansiedade
e estresse são situações inevitáveis e que apanham qualquer um que tenha grandes
desafios pela frente, principalmente, em data que já se avizinha.
A única coisa que se pode fazer
nesse caso é administrar tais estados de tensão, se possível, fazendo do limão
uma limonada. Como? Ocupando-se com mais estudo.
Nesse sentido, resolva questões,
leia a legislação seca referida no programa do edital e as anotações feitas nas
margens do seu material de estudo (livros, apostilas, resumos, etc). Embora não
seja verdadeiro que o cérebro funciona melhor sob pressão (é mito), seu esporte
ou sua diversão, às vésperas de uma prova, será concentrar-se em seu objetivo e
manter o cérebro ativo (armazenando memórias de curto prazo). Posso garantir:
essa revisão de última hora, desde que o candidato não force tanto a ponto de ficar
exausto, vai ajudá-lo a mudar o resultado do jogo a seu favor.
Leia leis emendas à Constituição
recentemente instituídas (bancas adoram testar o nível de atualização dos
candidatos) e a legislação sem comentários relacionada ao concurso que você vai
sujeitar-se.
Por exemplo, se você vai
submeter-se a um concurso para o INSS, leia as leis de custeio (lei 8.212) e de
benefícios (lei 8.213). Em qualquer concurso deverá ler o estatuto dos
servidores e, quase sempre, a lei de licitações. Se o concurso é na área de
educação, o candidato deverá ler a lei de diretrizes e bases da educação; se o
concurso é para juiz ou servidor dos TRTs, necessariamente, deve ler a lei dos
domésticos.
E a Constituição? Em sendo a Constituição
muito extensa e analítica, às vésperas da prova, o candidato deverá ler os
títulos e capítulos da Constituição Federal que guardam mais relação com o
concurso que irá se submeter.
Por exemplo, se o concurso é para auditor ou
analista fiscal da Receita Federal, deve ler o Sistema Tributário Nacional; se
é para o TCU, finanças e orçamento; se para servidor do Legislativo, Judiciário
ou Ministério Público, deve, necessariamente, ler o capítulo relativo aos
Poderes. Se para a advocacia pública (Advogado da União, PFN, Procurador
Federal e estadual) deve ler os poderes, a advocacia pública, o sistema
tributário e a ordem social (nesse caso convém, de última hora, se leia as
súmulas válidas do STF e do STJ).
Se ainda sobrar algum tempo, para qualquer
cargo, o candidato deve ler os capítulos que cuidam da Administração Pública e o
que trata dos direitos e garantias fundamentais.
O “kit prova”.
Ainda no dia anterior, deverá
preparar o seu “kit prova”.
Duas canetas de escrita preta (uma
de reserva), um lápis e uma (ou duas) barras de chocolate, uma garrafa de água
mineral, um relógio de pulso e, a critério de cada um, material para uma breve
revisão antes da prova (estatuto dos servidores, código de ética, súmulas do
STF e STJ, Constituição ou lembretes). A barra de chocolate (pode ser também um
energético ou isotônico) deverá ser ingerida quando o candidato já estiver bem cansado,
quando então ganhará energia extra para continuar a lutar pelas questões.
Começando a prova: a técnica das peneiras.
O candidato deverá utilizar a
técnica que denomino estratégia das
peneiras (ou dos crivos). Cada “peneirada” implicará no exame das questões
e tomada de decisão pelo caminho que indico nas linhas que se seguem. Contudo,
cumpre logo advertir-se que esse método somente se aplica à provas objetivas. Sobre
provas discursivas, falarei em outra conversa. Mas é assim mesmo: “cada dia com
sua agonia”, um “Leão de Neméia” por vez.
Destarte, o candidato fará a prova
em três etapas e para tanto utilizará “três peneiras”: uma primeira bem vazada;
uma segunda medianamente vazada; e, finalmente, uma terceira pouco vazada.
Que vantagem o uso de tais
técnicas trará para o candidato?
O candidato se fortalecerá
psicologicamente e racionalizará o seu tempo ao inserir, desde logo, as
respostas que ofereceu para o grupo de questões que tem mais certeza ou menos
dúvidas.
Aliás, é bom que se anote desde
logo: a folha de respostas não deve ser preenchida nos minutos finais da prova,
mas durante a prova. Funciona assim: conseguiu resolver um grupo (ainda que
pequeno de questões), deverá “passar” imediatamente para o cartão resposta.
Mas voltemos à técnica das
peneiras.
Não importa o quanto esteja
preparado o candidato, à primeira vista, toda prova parecerá muito difícil. Em
olhadela descuidada concluirá que não tem resposta para nada, que nada sabe.
No entanto, o candidato afastará essa
equivocada impressão utilizando a primeira peneira (aquela bem vazada),
procedendo da seguinte forma:
Folheará e lerá toda a prova identificando
as questões que lhe pareçam mais fáceis.
Lançando mão da peneira mais
vazada (a primeira), reterá as questões mais fáceis (ou que digam respeito a
assuntos que domina mais). Daí, uma vez identificadas as questões “fáceis”
examinará cuidadosamente os itens e escolherá a assertiva que lhe pareça a
“mais correta” (Lembre-se que há aquelas que são apenas corretas).
Na mesma assentada, ou seja, ainda
nessa leitura preliminar, ao lado das alternativas, aporá pontos de
interrogação de acordo com o seu grau de “dúvida”, assim procedendo:
Após eliminar (afastar) as alternativas
absurdas e as improváveis (deve riscar os itens), o candidato ficar em dúvida
entre 2 (duas), ao lado da questão deverá anotar 1 (um) ponto de interrogação;
se ficar entre 3 (três), registrará 2 (dois) pontos de interrogação; se ficar
entre 4, anotará 3 (três) pontos de interrogação. Também deverá indicar com um
traço as alternativas com possibilidade de estarem corretas.
Feito isso, as questões que o
candidato apontou como certas serão retidas pela peneira mais vazada e, em
seguida, conforme já mencionamos, deverá, imediatamente, “passar” as suas
escolhas para o cartão de respostas. Assim, já terá garantido um bom naco da
prova para, digamos, “chamar de seu”.
Feito isso, sempre de olho no
relógio, respire, dê uma “mordida” em sua barrinha de chocolate (ou cereal),
beba um gole de água mineral e parta “para cima” do segundo grupo.
Cumpre novamente lembrar, embora a
leitura inicial deva ser feita em sequência, o candidato não deve resolver a
prova na ordem em que as questões estão dispostas ( partindo da primeira até a
última, a saber: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, ...).
Deve sim, repise-se, resolvê-la de
acordo com o grau de dificuldade. Ou seja, deve “pinçar” as mais fáceis, depois as médias e, por último, partir para a luta final com as mais difíceis (Este último grupo, conforme
se verá mais a frente, é quem definirá os “donos” da vagas).
A propósito disso, cumpre pontuar-se,
malgrado alguns professores ensinem que se deve começar pelas questões difíceis
para aproveitar que o cérebro está descansado, tal dica, quero crer, é equivocada
por quatro razões:
1. o fácil e o difícil são
produtos de análises subjetivas. Se o candidato domina o tema, a questão será
fácil; se não domina, a questão será difícil.
2. o candidato deve aproveitar
para lançar mão das questões fáceis para se “armar psicologicamente”, conforme
adiante explico;
3. As questões ditas fáceis não
cansarão o cérebro do candidato, mas “encarar” as difíceis logo no início pode
exauri-lo ou desanimá-lo de tal forma que as questões fáceis (as “dadas”)
parecerão difíceis se deixadas para o final;
4. resolver primeiro as questões
fáceis permitirá que o candidato desde logo comece a exorcizar o “fantasma” do
preenchimento do cartão resposta. Ou seja, resolveu as questões fáceis (que,
via de regra, representam de 10% a 30% da prova), deverá transferir logo suas escolhas
para a folha de resposta.
Em outros termos, após ter resolvido
as questões “fáceis” e “médias”, o candidato terá poucas questões “difíceis”
para “matar” e lançar no cartão resposta.
Isso, consoante já aludimos nas
linhas imediatamente antecedentes, retirará de sua cabeça aquele “grilo falante”
que a todo instante “lembra” que é preciso reservar os 30 minutos finais para o
preenchimento do cartão resposta. Ademais, preencher o cartão resposta com
muita pressa nos minutos finais aumentará os riscos de que o candidato transfira
opções erradas da prova para este instrumento de conferência definitivo.
Avaliando os riscos do chute no “critério de correção” uma alternativa
errada anula outra certa.
Algumas bancas examinadoras,
principalmente o CESPE-UNB, aplicam como penalidade a perda de pontos por
resposta errada. O objetivo é evitar e "descartar a possibilidade de acerto ao acaso.”
Nesse caso,
convém que o candidato somente marque àquelas questões que classificou como
fáceis e médias (e isso representará em torno de 70 % da prova).
No que respeita aos 30% que remanescerem, o candidato deve utilizar o tempo
restante de prova para “garimpar” mais algumas questões. Todavia, o que lhe
parecer completamente desconhecido, “nunca ouviu falar”, “não tem a menor
ideia”, deverá “deixar em branco” ou marcar a alternativa equivalente a isso
(caso em que não há ganho e nem tampouco perda).
Advirta-se, nesse particular, que tais percentuais, que ora mencionamos, são
apenas indicativos, por certo que sob esse tão rigoroso critério (uma por uma),
o candidato deve avaliar o risco conforme “sinta” a prova (sem perder de vista
que para ter chances de estar entre os classificados precisará obter, ao menos,
50% dos pontos líquidos. Ex. Se a prova contiver 70 questões, necessitará obter,
no mínimo trinta e cinco).
Conquanto esse percentual de
respostas que o candidato deixará em branco dependa do nível de preparação de
cada candidato, para saber o que lhe é possível, deverá testar-se respondendo provas
de concursos anteriores que utilizam o mesmo critério de correção. Nesse
sentido marcará todas as questões, deixando em branco percentuais de 40%, de 30%,
de 20%, de 10 % ou de 5%, sempre tentando conseguir o maior saldo liquido
possível para estar no páreo.
Certo ou errado: o chute a meia força para
critérios de correção “menos rigorosos”.
Se, no entanto, a banca como critério elege
como “fator de correção” “duas erradas
anulam uma certa” ou critério ainda menos rigoroso, por exemplo, cinco por
uma, é o caso de o candidato correr o chamado “risco ponderado”. Expliquemos:
O
candidato que a essa altura já percorreu todo aquele caminho que indicamos em
linhas anteriores, ou seja, venceu o desafio das questões fáceis e médias (e,
claro, já inseriu no cartão resposta) deverá usar o tempo que sobejar (no
mínimo trinta minutos) para ler e pensar sobre as questões difíceis. Com esse derradeiro
esforço, o candidato, por certo, ainda conseguirá arrancar (à fórceps) mais
umas 5 questões (que passará logo para o cartão resposta).
Daí,
passará a utilizar o conhecido “teorema de chutágoras”. Confira:
Supondo-se
que a prova contenha 100 questões, restarão 15 questões. Nesse caso, se atais questões
se mostram terrivelmente difíceis, não há outra coisa a fazer senão aplicar um
chute de Zico cobrando falta nos bons tempos. Isto é: o candidato deverá escolher
a mesma alternativa (certo ou errado) como opção para todas as questões. Como
fazê-lo com técnica?
Partindo-se
do pressuposto de que a banca, ao propósito de “evitar o acerto ao acaso”,
buscará equilibrar o numero de questões certas
com o de erradas, o candidato deverá
examinar o cartão resposta a fim de verificar se dentre as questões que já
marcou há mais certas ou mais erradas.
Se houver
mais certas, deverá atribuir resposta errada
a todas as 15 questões. De modo inverso, se houver mais erradas, deverá
marcar todas as referidas quinze questões finais como certas. Nesse caso, a estatística ajudará o candidato a pontuar
mais.
Para
concluir: em provas de certo ou errado
somente se deve deixar alternativas em branco para evitar penalização por
resposta errada, quando o “critério de correção” for “uma errada anula uma
certa”, caso em que o risco de perda de pontos conquistados é imenso.
Se se
tratar de prova de certo ou errado e
a “penalização” não for uma errada para
cada resposta certa, e sim, critério menos rigoroso, repise-se, o candidato
deve marcar todas as questões sendo que naquelas últimas em que tiver muita
dúvida ou não souber (e que deixou para o final), deverá utilizar o método de risco ponderado que ensinamos linhas
acima.
Prova tradicional de múltipla escolha: a
cabeçada certeira.
Se a
prova é do tipo tradicional de múltipla escolha, quando o candidato deve escolher
uma dentre cinco alternativas, proceda da seguinte forma.
Após
examinar e marcar as questões fáceis, parta para aquelas que contém comandos indiretos.
Por exemplo:
a)
Somente as alternativas I e II estão corretas;
b)
Somente as alternativas II e III estão corretas;
c)
Somente as alternativas I e III estão corretas;
d)
As alternativas I, II e III estão corretas.
É que
questões desse tipo, embora mais “chatas” e trabalhosas, na verdade são as mais
fáceis, bastando para a obtenção de acerto que o candidato, por vezes, saiba
apenas uma das afirmativas (I, II, III ou IV). No exemplo acima, se o
candidato, após examinar as questões concluir, com certeza, que a alternativa
“II” é errada, sem necessitar saber se as demais são certas, não terá problemas
para descobrir que a alternativa “C” corresponde ao que a banca considerou como
a alternativa correta.
No mais, seja como no caso acima com alternativas indireta
ou no método tradicional (com alternativas diretas), em não havendo a perda de pontos
pela escolha de questões erradas, em relação ao grupo que elegeu como
“muito difícil”, “não sei nada” ou “não tenho a menor ideia” deve o candidato
realizar seu “chute” a partir do mínimo que souber das alternativas integrantes
do grupo de questões difíceis que deixou para o final (15 de uma total de 100,
no nosso exemplo).
Desse modo, o candidato marcará a
mesma alternativa em todas as questões conforme passos que a seguir indico:
Primeiro passo: verificará
quais alternativas restaram após afastar as questões absurdas ou improváveis
(eliminar como se diz no jargão dos concursos), assim ficando entre duas ou
três.
Por exemplo, após concluir que as
alternativas “A” e “E” devem ser excluídas da possibilidade de escolha (por se
afigurarem “absurdas”), o candidato deverá escolher a alternativa presente em
todas as questões (ou em quase todas).
Assim: se na questão 39 o
candidato ficou entre B, C e E; na questão 56 ficou entre A,
C e D; na questão 65 ficou entre B,
C e D, perceberá que a “C” é
a alternativa que se repete em todas as questões e então deverá marcar a
alternativa “C” nas questões 39, 56,
65 e também “C” em todas as demais
questões (doze restantes) em que não conseguiu afastar nenhuma alternativa que
reputasse errada.
De outro modo, se houver “critério de correção” (repita-se,
questão errada contribuindo para perda de pontos), ainda que apenas com o
critério mais leve da perda de uma certa
para cada cinco erradas, o candidato somente deverá correr os riscos
utilizando o método acima referido se sua chances forem iguais ou superiores a 50%. Por exemplo, se após analisar as
cinco alternativas ficar entre duas.
a) com
5 (cinco) alternativas e com penalidade (por exemplo de 20% por questão errada
(cinco por uma), que é o critério mais comum em provas tradicionais, deverá
marcar a mesma alternativa em todas
as questões em que ficar na dúvida entre apenas duas alternativas. Se ficar entre três ou mais deverá deixar a questão em branco (quando não ganha e nem perde);
b) se não houver penalização por escolha de questão errada, conforme ensinamos acima,
o candidato deverá marcar todas as questões da prova, considerando o seguinte:
Para
aquele pequeno grupo que o candidato não tem qualquer possibilidade de acerta
por meio dos seus conhecimentos, marcará a mesma alternativa em todas as
questões, dando preferência para aquelas alternativas que ficou entre duas ou
três ou para aquelas com menor incidência dentre as alternativas que já inseriu
no cartão resposta.
Um
grande abraço e até a próxima.
P.S 1. Para
que este post não ficasse muito longo, deixei a técnica para provas
discursivas para a quarta etapa desse trabalho.
P.S. 2.
Se gostou, se achou que o presente artigo pode ser útil, compartilhe com seus
amigos. A sua generosidade será sempre recompensada.
P.S. 3. Lembre-se: “se um homem(ou mulher)
conseguiu, outro também conseguirá”.
Por
Airton Portela, Juiz Federal e Professor, ex-Advogado da União, ex-Procurador Federal, ex-Analista e ex-Advogado de Militância Privada.
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